Projeto Virgínias: um coletivo de mulheres a dar voz a textos inéditos

Quase 100 anos depois da publicação da obra literária “Um quarto só seu”, de Virginia Woolf, as respostas a estas
questões estão longe de serem representativas e igualitárias, tanto no panorama de criação literária, como em tantos outros.
A partir desta reflexão sobre a escrita de e sobre mulheres que nasceu o projeto Virgínias, um coletivo artístico que pretende
dar voz a textos inéditos escritos por mulheres e pessoas não-binárias ou em questionamento, com uma perspectiva
feminina.

A primeira incursão na busca destes textos originais – que não podem ter sido publicados, editados ou representados – será feita
na região do Algarve, a partir do Cineteatro Louletano. Podem concorrer todas as mulheres (cis, trans), pessoas não-binárias ou em
questionamento, com uma perspetiva feminina, que residam nesta região e que escrevam em qualquer uma das variantes da
língua portuguesa, inclusive usando o género neutro.
Serão aceites diversas formas literárias, como ensaios, crónicas, contos, material biográfico, declarações artísticas, textos para
cena, manifestos, cartas, etc, privilegiando as temáticas de Identidade, Memória e Género.

A participação das interessadas poderá ser feita de três formas:
– ONLINE: através do envio de textos no site www.casuloartesperformativas.pt/virginias, que deve incluir também uma carta de
apresentação, até dia 7 de agosto;
– NA RUA: Em várias localidades algarvias, serão recolhidas histórias da tradição oral que serão escritas pelo coletivo Virgínias.
Mais informações sobre dias, horários e locais, brevemente no site;
– OFICINA DE ESCRITA: A acontecer no Ginásio Espanhóis, em Loulé, nos dias 19 (das 19h às 22h), 20 e 21 de agosto (das
10h às 18h), na qual se podem inscrever gratuitamente mulheres algarvias (cis, trans), pessoas não-binárias ou em
questionamento, com uma perspetiva feminina, que queiram transformar as suas histórias em texto As inscrições são feitas
através do e-mail virginiascoletivas@gmail.com ou do telemóvel 962192081.
Os textos selecionados serão trabalhados em conjunto com o coletivo Virgínias e, mais tarde, levados a cena, em data a
designar.

Do coletivo Virgínias fazem parte: Flávia Gusmão, Helena Ales Pereira, Inês Oneto, Madalena Palmeirim e Marlene Barreto.
Esta residência é financiada pelo Cineteatro Louletano e conta com os seguintes parceiros: Câmara Municipal de Loulé; Casulo,
Artes Performativas e Audiovisuais; Casa Cultura de Loulé; Loulé Criativo; Mákina de Cena; Grémio Dramático Povoense e Bô
Dixam Bai Associação; Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação Faro-Loulé; Plataforma TransParente e Fundação António
Aleixo.

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